Não somos educados a tomar contato conosco mesmos e a nos conhecer, uma vez que nossa atenção é voltada para o externo. A criança se conforta no colo da mãe, sacia a fome na mamadeira, diverte-se com os brinquedos… Na adolescência procuramos amigos, namoro, fazer cursos e aprender a respeito de muitas coisas.
Na maioridade adentramos o mundo do trabalho, constituímos família, ouvimos noticiário. Como se vê, aprendemos a nos interessar pelo mundo exterior sem nos atentar ao reflexo disso em nosso mundo interior. E nos momentos de tristeza, tentamos superar o mal-estar com medicamentos, passeios, consumo.
Nem sempre um pai/mãe pergunta acerca dos sentimentos do filho: medo, tristeza, raiva, alegria. Parece que somos passivos.
Na obsessão espiritual acontece algo semelhante, pois há uma tendência do obsediado em atribuir seus sofrimentos ao obsessor ao exterior, se colocando como vítima.
É patente que o obsessor exerce sua vingança, tentando atormentar ou aniquilar a sua vítima, e ele tem os seus motivos.
O obsediado não é o mártir, pois carrega as matrizes ou as causas que favorecem tal ligação. É um atormentado em si mesmo, auto-obsidia-se pela culpa, remorso, memórias, imagens e joga a responsabilidade no obsessor.
Precisa aprender a olhar para si e tentar entender suas emoções, suas tendências, seus pensamentos repetitivos.
A presença do obsessor espiritual denuncia que o obsidiado carrega débitos não resolvidos e precisa equacioná-los para continuar seu progresso.
Gratidão por estar aqui!
Nenhum comentário:
Postar um comentário