20/08/2024

Quando fazemos mal a nós mesmos


Não somos educados a tomar contato conosco mesmos e a nos conhecer, uma vez que nossa atenção é voltada para o externo. A criança se conforta no colo da mãe, sacia a fome na mamadeira, diverte-se com os brinquedos… Na adolescência procuramos amigos, namoro, fazer cursos e aprender a respeito de muitas coisas. 

Na maioridade adentramos o mundo do trabalho, constituímos família, ouvimos noticiário. Como se vê, aprendemos a nos interessar pelo mundo exterior sem nos atentar ao reflexo disso em nosso mundo interior. E nos momentos de tristeza, tentamos superar o mal-estar com medicamentos, passeios, consumo.

Nem sempre um pai/mãe pergunta acerca dos sentimentos do filho: medo, tristeza, raiva, alegria. Parece que somos passivos.

Na obsessão espiritual acontece algo semelhante, pois há uma tendência do obsediado em atribuir seus sofrimentos ao obsessor ao exterior, se colocando como vítima. 

É patente que o obsessor exerce sua vingança, tentando atormentar ou aniquilar a sua vítima, e ele tem os seus motivos.

O obsediado não é o mártir, pois carrega as matrizes ou as causas que favorecem tal ligação. É um atormentado em si mesmo, auto-obsidia-se pela culpa, remorso, memórias, imagens e joga a responsabilidade no obsessor. 

Precisa aprender a olhar para si e tentar entender suas emoções, suas tendências, seus pensamentos repetitivos. 

A presença do obsessor espiritual denuncia que o obsidiado carrega débitos não resolvidos e precisa equacioná-los para continuar seu progresso.

Gratidão por estar aqui!


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