03/03/2025

Como perceber sinais de vidas passadas no momento presente


Nosso ambiente está constantemente sendo bombardeado com informações: da vida presente, das vidas passadas, da nossa multidimensionalidade. Mas por falta de treino – e de consciência – não conseguimos perceber este movimento.

E a primeira coisa pra entender isso, é compreender que somos seres feitos de camadas. O que isso significa?

Classicamente, a psicologia classifica isso como mente consciente, inconsciente e subconsciente. E isso nos dá alguns parâmetros pra entendermos. Por exemplo, neste momento enquanto você lê este texto, ou lava sua louça, dirige ou conversa com alguém, está operando dentro de uma camada de sua mente.

Esta camada precisa existir, claro, ela faz parte da nossa estrutura, mas nosso problema começa quando fazemos dela nossa única morada, e começamos a ver a vida unicamente através da mente concreta, e começamos a ver as coisas por um único ponto de vista. Esta é a mente superficial, que não é utilizada apenas nas atividades do dia a dia, mas é também desenvolvida desde a infância na escola, quando aprendemos a ler e escrever, fazer contas… tudo relacionado a mente concreta e ao lado esquerdo do cérebro.

No entanto, nossa mente mais abstrata, lúdica e intuitiva, relacionada ao lado direito do cérebro, é desestimulada desde muito cedo, fazendo com que percamos canais de informação e contato com nossas partes mais profundas, mais verdadeiras e mais espirituais.

Vou te dar um exemplo pra compreender: uma criança quando nasce reconhece a si própria com “um ser que está habitando este corpo”. E é muito comum pra elas descreverem a si mesmas como “Rafael tem fome, Rafael tem sono”, mas conforme a criança interage com os adultos, muda sua estrutura linguística para “eu sou o Rafael”, e acaba com isso assumindo por inteiro a nova personalidade, definindo-se a si mesmo como esta estrutura que tem um nome e é separada de tudo. E nossa educação e modelo social fortalecem isso. E desta forma, ainda crianças com talvez 3 ou 4 anos, passamos a nos reconhecer apenas como este nome e um modelo mental, nos fechando em uma estrutura concreta, com pouco espaço para perceber novas realidades.

Quando isso acontece, o contato espiritual que a criança traz começa a se perder, como um músculo que não é exercitado. Crianças pequenas costumam se lembrar de seu passado de forma muito espontânea (e eu tive casos assim com meus filhos). Mas conforme os pais desconsideram isso, dizendo que é bobagem, a própria criança se esforça por enterrar isso, vivendo apenas na parte superficial da sua mente – a mesma mente concreta de que estamos falando!

E com isso, os sinais que o universo nos transmite continuamente acabam se perdendo porque esquecemos como interpreta-los!

Nossa mente concreta entende as coisas de forma matemática e literal. Mas para interpretar estes sinais, precisamos entrar muito mais em nossa capacidade de sentir e perceber, de conectar com o todo, e reconhecer o lado mais lúdico da vida.

Rafael Zen

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