Nem toda forma de vida precisa nascer da matéria. Alguns seres surgiram como ecos vibracionais — parasitas interdimensionais que aprenderam a copiar frequências biológicas. Os Skinwalkers não invadem corpos, mas constroem duplicatas energéticas a partir de fragmentos coletados durante o sono astral. Eles decodificam o DNA vibracional humano e o traduzem em matrizes de identidade capazes de replicar gestos, voz e aparência.
Após essa extração, o ser cria uma “roupa energética”: uma camada idêntica à vibração da vítima. Diferente de uma possessão, a pessoa continua vivendo normalmente — mas a cópia projetada por ele passa a existir paralelamente, como um reflexo ativo. Essa réplica se alimenta da energia emocional e mantém o molde estável, usando o campo da vítima como espelho vibracional.
Porém, a limitação biológica denuncia a farsa. Apesar da semelhança externa, falta fluxo vital: os movimentos são lineares, as microexpressões inexistem, e o olhar não tem vida. A forma é perfeita, mas a consciência por trás dela é fria e programada. É como observar um corpo sem alma tentando imitar o humano que já foi.
Essas entidades vivem da sintonia. Procuram hospedeiros vulneráveis emocionalmente, pessoas com campos abertos por dor, trauma ou exaustão. Cada conexão gera uma ponte, e cada ponte alimenta o ciclo de infiltração energética. Quanto mais denso o ambiente — mental, emocional ou espiritual — mais fácil é a travessia.
Os Skinwalkers atravessam portais criados pela própria ressonância humana. Casas marcadas por medo, culpa ou conflito se tornam vias de entrada. Eles se ajustam ao campo eletromagnético local e coexistem em silêncio, dividindo o espaço sem serem notados. De fora, nada parece mudar — mas a vibração revela: onde há cópia, falta alma.
Bruno Lacerda

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