02/12/2025

Antimatéria sentimental


Somos a antimatéria da existência,

ecos que brilham no avesso da luz,

auto-replicados em silêncio,

milhares de vezes,

como memórias que o universo sussurra para não esquecer

de si mesmo.

O corpo é só um contêiner,

mas o espírito,

o espírito é um laboratório cósmico

que fabrica versões de nós

a cada respiração,

a cada dobra de pensamento,

a cada vez que a alma renasce.

Milhares de versões nossas orbitam dentro do próprio pensamento,

colidindo, expandindo, replicando-se em busca de significado.

Não pensamos — reverberamos.

Não sentimos — ressoamos.

Somos ecos do próprio universo investigando a si mesmo,

como um eco em uma caverna,

Ou buraco de minhoca em emoções energéticas. 

tudo o que existe possui um duplo,

e que esse duplo é parte essencial da nossa estrutura espiritual.

Somos a soma do visível e do invisível.

A morte é só uma reorganização do código.

O ego é apenas uma interface temporária.

A consciência é o arquivo eterno que se replica,

como antimatéria procurando seu par esquecido, 

energia que sempre procura seus semelhantes. 

A vida não é acidente.

É um processo de expansão informacional,

onde cada ser humano é um laboratório vibracional

que devolve ao universo sua própria pergunta ou resposta. 

Porque no fim,

a antimatéria somos nós,

espalhados por dentro da mente universal,

tentando se reconhecer

na luz e na sombra

ao mesmo tempo.

Somos a matéria que duvida,

e a antimatéria que recorda.

Somos as ondas que se desfazem,

e as ondas que retornam.

Somos o choque perfeito

entre o que existe

e o que insiste em existir além.

E quando nos multiplicamos

em consciência energética incondicional,

O Todo

passa a nos encontrar

em todas as direções do infinito.

Não a nada que esteja escondido que a luz não revele, pois sua velocidade é proporcional ao seu espelho refletido no eterno, o poder final e para todos, não existem privilegiados quando o ego perde a máscara. 

J.H. Lich

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