...Eles são parasitas; eles vivem na sua identificação com eles. Quando você diz, 'eu estou com raiva', você está despejando energia vital na raiva, porque você está ficando identificado com ela.
Mas quando você diz, 'eu estou observando a imagem da raiva na tela da mente dentro de mim', você não está mais dando qualquer vida, qualquer alimento, qualquer energia à raiva. Você será capaz de vê-la porque você não está identificado, a raiva é absolutamente impotente, não tem qualquer impacto sobre você, não muda você, não afeta você. Ela é absolutamente oca e morta. Ela passará e deixará o céu limpo; e a tela da mente vazia.
Aos poucos você começa a ser livre de seus pensamentos. Esse é todo o processo de testemunhar e observar. Gurdjieff costumava chamar isso de não-identificação, você não está mais identificando-se com seus pensamentos. Você está simplesmente parado, desinteressado e distante, indiferente, como se eles pudessem ser pensamentos de outra pessoa. Você quebrou a sua conexão com eles. Somente então você pode observá-los.
A observação necessita de uma certa distância. Se você está identificado, não existe distância, eles estão muito próximos. É como se você estivesse colocando um espelho muito próximo de seus olhos: você não consegue ver o seu rosto. Uma certa distância é necessária; somente então você consegue ver o seu rosto no espelho. Se os pensamentos estiverem muito próximos, você não consegue observá-los. Você se torna impressionado e influenciado pelos seus pensamentos: a raiva torna você raivoso, a ambição torna você ambicioso, a luxúria torna você luxurioso, porque não existe distância alguma. Eles estão tão próximos que você facilmente pensa que você e seus pensamentos são um. A observação destrói essa ligação e cria uma separação. Quanto mais você observar, maior será a distância. Quanto maior a distância, menos energia seus pensamentos estarão levando de você.
Osho: Satyam, Shivam, Sundram - Discurso 7.
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