Não é à toa que o intestino também é conhecido como "segundo cérebro": o órgão possui cerca de meio bilhão de neurônios digestivos e produz mais de 30 neurotransmissores, dentre os quais estão a dopamina e a serotonina, ligados ao prazer, motivação, humor, sono, apetite e bem-estar. Quando há desequilíbrio nos níveis de dopamina, compulsões podem vir à tona. Já níveis baixos de serotonina podem gerar baixa autoestima e depressão, enquanto seu excesso pode causar ansiedade.
Outro elemento muito influente na relação entre intestino e saúde mental é a flora intestinal, também conhecida como microbiota. O intestino possui mais de 100 trilhões de bactérias que auxiliam a digerir alimentos, proteger de infecções e influenciar na comunicação entre o sistema nervoso entérico e o cérebro. Essa influência ainda está sendo estudada por cientistas, mas algumas conclusões já são possíveis. Entre elas, a de que uma alimentação rica em gordura está associada ao desenvolvimento de bactérias nocivas e à morte das bactérias benéficas, com geração de gases, distensões abdominais, dores, diarreia e reflexos psicológicos como mau humor e baixa concentração. Inclusive está sendo estudada a relação entre alterações na microbiota intestinal e o surgimento ou agravamento de doenças mentais, como depressão, ansiedade e Mal de Alzheimer.
Fonte:esadi.com.br
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