04/03/2025

MINHA MANEIRA DE PENSAR


Tenho o costume de pensar profundamente sobre todas as coisas. Suponhamos que se elabore um projeto qualquer. As pessoas, na sua maioria, ficam ansiosas, querendo logo colocá-lo em prática; além disso, confiando na sorte, acham que, uma vez iniciando sua realização, de alguma forma tudo dará certo. Contudo, ao executá-lo, percebem que as coisas não ocorrem como o esperado e, geralmente, acabam fracassando. Tais pessoas só pensam no sucesso, não levando em conta a possibilidade de fracasso, o que é muito arriscado.

Eu, no entanto, faço o contrário. Desde o começo, considero a possibilidade do insucesso. Elaboro um plano à parte, para o caso de fracasso. Assim, se o projeto falhar, o fato não me atinge muito. Opto por aguardar um pouco mais. Agindo dessa maneira, mesmo que advenha um revés, longe deste ser um golpe fatal, será possível recuperar-me facilmente.

Em relação às finanças, procedo do mesmo modo. Divido o dinheiro em três partes: se a primeira não for suficiente, começo a usar a segunda; caso esta ainda não baste, recorro à terceira. Seguindo esse método, a probabilidade de falhar é mínima. À primeira vista, parecerá perda de tempo fazer um planejamento muito detalhado (...). Contudo, se procedermos dessa forma, tudo correrá mais rapidamente, pois não haverá falhas. Assim, não há desperdício de dinheiro, nem de tempo, nem de trabalho, o que representa um inesperado e considerável ganho.

(...). Ainda que eu haja elaborado um plano e todos os preparativos estejam em ordem, não o ponho logo em prática; aguardo o tempo oportuno calmamente. Uma vez que, infalivelmente, surge a oportunidade, aí sim, começo a executá-lo, sem pressa nem afobação. O ser humano nunca deve precipitar-se. Se o fizer, forçará a situação, e nada dará certo. Pensando nas pessoas que fracassaram, vemos que todas elas, sem exceção, se apressaram e foram além dos limites do que é razoável. (...).

Desejo chamar a atenção para a importância de espairecer a mente. Existem pessoas que se agarram excessivamente a um único trabalho e não conseguem aumentar sua produtividade.

Isso se verifica porque, mesmo se sentindo saturadas ou desinteressadas, insistem na tarefa, o que é errado. Nessas ocasiões, o melhor é distrair-se, fazer outra coisa, até mesmo procurar uma recreação. (...). Nesse sentido, não gosto de ficar preso a uma só tarefa; vou mudando constantemente de uma para outra. Agindo dessa forma, sinto-me mais disposto, trabalho com satisfação e minha cabeça funciona melhor. No entanto, pode ocorrer que, de acordo com a situação de cada um, essa recomendação não seja praticável. Por essa razão, o que estou tentando ensinar é que, se a pessoa conhecer bem o princípio que acabo de expor e proceder de acordo com suas possibilidades e circunstâncias, será grandemente beneficiada.

Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol.1 (trechos)

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