A lenda de Psique e Cupido é, como toda mitologia, recheada de conselhos e sabedoria para o dia-a-dia.
Fábulas e mitos eram a forma de educação dos povos antigos. Histórias que eram passadas de geração em geração, alertando para perigos e motivando as ações que cada povo achava virtuosa.
A história de Eros e Psiquê é uma das mais belas e profundas da mitologia grega, e vai atingir cada pessoa de uma maneira, especialmente as mulheres.
A beleza, muitas sabem, pode se tornar um fardo e um impedimento, quando não uma maldição. Outra relação explorada pelo mito é a do trabalho diligente e desinteressado.
Também vemos o perigo da curiosidade e da inveja, este último atualíssimo em tempos de redes sociais, onde só somos felizes se podemos publicar (anunciar) nossa felicidade aos outros.
Mas uma coisa que todos concordam é que a bela e mortal Psique representa a espiritualidade presente no Ser Humano, o que transforma esta lenda em uma metáfora sobre a relação da Alma Humana com o Amor.
O nome grego para a borboleta é Psykhé, e essa mesma palavra significa Alma. Não há alegoria mais notável e bela da imortalidade da alma como a borboleta que, depois de uma vida mesquinha e rastejante como lagarta, flutua na brisa do dia e torna-se um dos mais belos e delicados aspectos da primavera.
Psique é, portanto, a alma humana, purificada pelos sofrimentos e infortúnios, e preparada, assim, para gozar a pura e verdadeira felicidade.
Na psicologia, o nome Psiquê representa a personalidade como um TODO: pensamentos, sentimentos e comportamentos – conscientes e inconscientes.
É a Psique humana que exerce a função de guia que adapta o individuo ao ambiente social e físico, regulando-o.
Para o psicanalista Carl Jung toda pessoa já nasce como esse “TODO”: um sistema que vai se diferenciando dentro de si mesmo.
Nossa tarefa durante a existência é desenvolver este “TODO” até levá-lo a um nível maior de coerência, diferenciação e harmonia, cuidando também para que ele não se divida em sistemas separados, autônomos e conflitantes.
Assim é a personalidade, que começa com uma simples estrutura e vai se tornando uma estrutura complexa, assim como uma larva que atravessa um processo extremamente doloroso até se transformar numa bela borboleta.
Por isso vemos que a escolha do nome “Psiquê” não foi à toa, pois veremos na sua história como ela vai utilizando razão, sentimento e comportamento para galgar níveis de consciência.
Fonte:matrix.com.br
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