Imagine se encontrar em uma relação amorosa que te causa mal-estar desde muito tempo e na qual ocorram brigas constantes. Esta situação te causa uma angústia persistente que perdura por longos períodos e ao final você toma a decisão de se separar para poder fazer as próprias escolhas com mais tranquilidade. Meses depois, conhece outra pessoa e ambos começam um relacionamento. No entanto, sente que esta pessoa manifesta claros sentimentos de insegurança relacionados com o/a ex que se traduzem em ciúmes desmedidos. De fato, a manifestação de ciúmes intensos é uma condição patológica, com sérias consequências na vida cotidiana de quem sofre com elas.
A síndrome de Rebeca, também conhecida como ciúmes retrospectivos ou retroativos, pode ser definida como a manifestação patológica de ciúmes e insegurança pelo/a ex ou uma pessoa com a qual se tenha tido uma relação romântica. Mesmo que esta síndrome não se encontra dentro dos grupos que o DSM-V[1] propõe, também poderia ser descrita como um transtorno mental delirante celotípico devido a suas características.
A seguir, te mostraremos os critérios diagnósticos da síndrome de Rebeca:
Ideias delirantes a respeito de infidelidades.
Deterioro das relações profissionais, sociais e familiares por causa destas ideias.
Duração de um mês ou mais.
A distorção da percepção da realidade não pode ser explicada a partir da presença de outro transtorno mental nem da ingestão de substâncias tóxicas e/ou medicamentos.
Como saber se tenho síndrome de Rebeca? Com a finalidade de compreender melhor este transtorno e estabelecer o tratamento mais adequado, é importante ter em conta as manifestações que ocorrem nestes casos tanto a nível físico e emocional como comportamental. A seguir, te mostraremos os principais sintomas da síndrome de Rebeca:
Ideias recorrentes sobre infidelidades do/a parceiro/a atual com seu ex.
Pensamentos catastróficos sobre a vida.
Angústia.
Medo da solidão.
Baixa autoestima.
Respiração agitada.
Vínculos sociais instáveis.
Suor excessivo.
Busca persistente de evidências que provem as ideias de ciúmes.
Necessidade constante de aprovação de outras pessoas.
Comportamentos persecutórios com o/a parceiro/a.
Como superar a síndrome de Rebeca? Apesar dos obstáculos que a síndrome de Rebeca pode gerar, hoje em dia dispomos de diversas abordagens que podem proporcionar resultados satisfatórios para as pessoas com este quadro clínico. Os tratamentos mais recomendados para a síndrome de Rebeca são:
Terapia psicológica
A terapia é um espaço que convida a refletir sobre as ações e o contexto de uma pessoa. Em primeiro lugar, podemos encontrar terapias de curta duração que se centram em buscar ferramentas para enfrentar situações de medo, insegurança e/ou ansiedade de uma forma mais amena. Neste sentido, a terapia cognitivo-comportamental é uma das abordagens mais recomendadas para tratar os ciúmes retrospectivos.
Por outro lado, as terapias de longa duração tentam situar a origem dos conflitos de uma pessoa através da recordação de situações infantis. Desta forma, a pessoa pode adotar outras alternativas na hora de viver situações complexas. Neste caso, a terapia de longa duração mais efetiva é a psicanálise.
Fonte: psico.com.br
Interessante !
ResponderExcluirGratidão por estar aqui!
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