Numa noite tranquila, Chico Xavier, ao lado de sua amiga Suzana, decidiu fazer algo diferente. Eles estavam conversando e ele expressou o desejo de conhecer a famosa praia de Copacabana. -Vamos caminhar no calçadão?” - Ele sugeriu. Com aquele brilho no olhar, de quem ansiava por algo especial.
Suzana concordou. E os dois partiram de táxi, em direção à Avenida Atlântica.
Era quase 10 da noite e o ar fresco do Mar enchia o ambiente com uma calma peculiar. Assim que chegaram e começaram a caminhar pelo calçadão, Chico fixou o olhar no Mar, sendo tomado por uma emoção profunda. Com os olhos marejados, ele confidenciou a Suzana:
- Você não sabe o que estou vendo…
Suzana, curiosa e respeitosa, apenas aguardou...
- Estou vendo os Espíritos do Mar...
Ele continuou, descrevendo Seres, não humanos, mas emanando uma presença espiritual suave e acolhedora.
- Eles estão na arrebentação das ondas, olhando para nós com ternura. Mas poucas pessoas aqui parecem perceber a presença deles.
Enquanto caminhavam, observaram uma mulher que, mais adiante, se aproximou da areia. Calmamente, ela cavou um pequeno buraco e acendeu uma vela. Parecendo realizar um ritual de oferenda. Ao fazer sua oração e agradecimento, a mulher se despediu, deixando sua oferenda acesa.
Após a sua partida, Chico e Suzana testemunharam algo extraordinário. Ele viu os espíritos do Mar se aproximarem da vela, como se estivessem “carregando” sua Luz para o Oceano. Era uma dança espiritual. Onde os Seres do Mar, absorviam aquela oferenda, levando consigo a intenção e os desejos da mulher, como um elo entre o humano e o Divino.
Chico ficou emocionado. Aqueles Espíritos transmitiam bênçãos e energias de cura à mulher que fizera o pedido. Em uma resposta silenciosa e amorosa.
Ele compartilhou com Suzana que essa experiência era única. Embora ele já tivesse presenciado fenômenos espirituais semelhantes, em chácaras e fazendas do interior, nunca havia visto algo assim na praia.
Mais tarde, enquanto olhava novamente para o Mar, Chico avistou um homem em oração, com os olhos fixos nas ondas. De repente, uma caravana de Espíritos Iluminados surgiu no horizonte, caminhando sobre as águas e se dirigindo ao homem em silêncio reverente. Os Espíritos circundaram-no, como se estivessem colhendo seus pensamentos e preces. Para então, lentamente, retornarem ao Oceano, como uma brisa suave.
Chico, absorvido pela grandiosidade daquele momento, refletiu com Suzana sobre a simplicidade e a profundidade de observar a natureza sem pressa, apenas permitindo-se estar... Ele percebeu que, na serenidade do Mar e na liberdade de ser apenas ele, sem rótulos ou expectativas, sua percepção espiritual se expandiu.
Naquela noite, ele encontrou mais do que Espíritos do Mar; encontrou a beleza de uma comunhão pura com o universo.
Casos de Chico Xavier
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