05/05/2023

Reflexão: Desaprender para Apreender


Por que sofremos? Porque nos afastamos de nossa natureza interior. Este afastamento relega nosso inconsciente, nossa vida interior há um segundo plano de atenção, gerando, desarmonia, desagregação, dissociação e trás como consequências, dor e sofrimentos. Quando só valorizamos o aparente, as superficialidades, estacionados em ‘zonas de conforto’ e não tendo a coragem e predisposição para confrontarmos nossa ‘Sombra’, que representa o que não aceitamos em nós, domínio de nossos ‘complexos’, satisfeitos em nos apresentar com máscaras, através de nossa ‘Persona’, num constante representar, fazer de conta, no mundo aparente do Ego, que só satisfaz o reino das vaidades e do egoísmo. A partir daí, não resta outro caminho, à ‘Sombra’, relegada ao esquecimento, à clandestinidade, excluída da atenção do Ego, começará a sabotá-lo, invadindo o terreno da consciência com toda sorte de torpezas e sabotagens, provocando destruição, desagregação, desunião, dissociações, como conseqüência: estados neuróticos, depressivos, acidentes e outros, que fazem ‘jogar por terra’ tudo o que o Ego valoriza e se fundamenta. Talvez, no fundo do poço agora, o Ego vencido de suas fantasias, presunções, egocentrismo, se curve e passe a respeitar sua ‘natureza interior’ que ao mesmo tempo em que trás, sua própria negação, suas sujidades escondidas, seus complexos destrutivos, também trás, o roteiro de sua própria salvação, do bem viver, da agregação, integração e da Luz.

É difícil quebrar velhos hábitos comportamentais de pensar e agir. Façamos uma associação, para quem tem a pratica de caminhar, como exercício físico, quando se inicia a caminhada, sentimos a musculatura presa, retesada, pernas e corpo pesados, não? “Todo o corpo tende a INÉRCIA”, uma das leis do físico Isaac Newton, séc. XIX, infelizmente, em alguns aspectos simbólicos, ainda é verdadeira esta afirmação. Temos uma dificuldade absurda de começarmos algo novo, que seja um simples caminhar. Por quê? Por falta de pratica, de costume, de tornar habitual. Tendência há abandonar tudo o que começamos de início, trás desconfortos, vai ‘mexer’, incomodar, ao que está quieto. Esta mesma analogia vale para nossas questões do psíquico que envolve todo o nosso ser transpessoal ou integral, campos do mental/emocional/físico. Por falta de novos aprendizados, de um ‘reaprender’, mantemos as mesmas rotinas, condicionamentos e comportamentos viciosos.

Como fazer para ‘oxigenar’ este ‘ser psíquico’ que somos? Primeiro o desejo, a intenção de quebrar estes ‘velhos’ paradigmas, estas velhas rotinas de ser. Um corpo sem movimento apresenta um ‘ser’ paralisado, semimorto, como num estado cataléptico. Em sua dimensão mental/emocional, só as mesmas e ritualizadas formas de agir e reagir, configurando estados viciosos e obsessivos de pensar e agir. Na sua dimensão física, como conseqüência, comportamentos estereotipados, repetitivos, sistema muscular/esquelético retesado, tenso, enrijecido , sem nenhuma flexibilidade, que a qualquer momento travará. Dentro deste estado de ser, reproduz um sangue ‘contaminado’, carregado de toxinas, onde faltam, oxigênio e nutrientes, determinando, também, como conseqüência, um cérebro limitado, que só reproduz as mesmas ligações neurônicas conhecidas, refletindo a mente, rotinas de pensamentos obsessivos, de agir e de reagir. Embotando o raciocínio, a memória e por fim produzindo doenças do mental/emocional.

Fonte:jungpsicologiatranspessoal

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