"A Verdade Chegou Como Tremeu"
No começo eu não sabia o que era.
Só sentia o corpo tremer, a mente disparar, o coração querer fugir da costela.
Era como se tudo ao meu redor estivesse me observando, e eu tentando entender o que estava acontecendo comigo.
Crise de pânico, diziam.
Paranoia, talvez.
Mas no fundo — bem no fundo — eu sabia:
aquilo não era loucura. Era ruptura.
Minha realidade interna estava se rompendo,
os conceitos, as certezas, os escudos que usei por anos…
todos começaram a cair como vidro trincado.
Senti medo.
Senti vergonha de não conseguir explicar pra ninguém.
Tentei resistir. Mas algo mais profundo me puxava pra dentro de mim — como se uma força me dissesse:
“Ou você mergulha,
ou continuará preso na superfície da sua própria existência.”
Então comecei a reunir os cacos.
Fragmentos de pensamentos, memórias, símbolos…
Momentos que eu não entendia na hora, mas que agora começavam a formar um mosaico.
E foi aí, dias depois talvez,
em uma madrugada de silêncio,
que eu entendi:
Não era uma queda. Era uma travessia.
Aquela “crise” foi o grito do meu Eu verdadeiro querendo nascer.
A “paranoia” era minha sensibilidade espiritual tentando decodificar uma nova frequência.
O medo era o último guardião antes da expansão.
E tudo mudou.
A epifania não veio como luz.
Ela veio como tempestade, desconforto, ruptura do que eu pensava ser real.
Mas no meio do caos,
algo observava tudo com serenidade.
E eu percebi:
era a minha alma.
Era o Eu que sempre esteve ali,
esperando eu me despir das máscaras.
Pensamento Quântico
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