Ninguém entra ou sai da vida de ninguém por acaso.
As almas se atraem, se entrelaçam e se despedem conforme um roteiro invisível, escrito muito antes desta existência.
Às vezes, levamos tempo para compreender o real motivo de alguém ter cruzado o nosso caminho.
Outras vezes, damos papéis de protagonista a quem era apenas um viajante — um barco que te levou até o porto… ou aquele que naufragou e te deixou à deriva.
Talvez este último tenha sido o mais importante.
Pois sem ele, você não teria aprendido tanto.
Entenda: há almas que são o caminho, não a chegada.
Há almas que são a viagem, não o destino.
É preciso maturidade espiritual para perceber quando for a sua vez de ser o barco — o meio, não o fim.
Nem sempre seremos o personagem principal na narrativa dos outros.
E está tudo bem.
O que é seu está guardado.
E encontrará o caminho até você, no tempo sagrado da vida.
Até as experiências mais dolorosas carregam sementes de crescimento.
Por pior que alguém tenha agido, essa presença foi, no mínimo, uma mestra silenciosa, ensinando — ainda que pela dor — quem você não deseja ser.
O simples fato de te transformar já fez dela uma parte fundamental da sua história.
A trajetória da alma neste mundo é um eterno ir e vir.
Nem todos chegam para ficar.
Uns deixarão saudades, outros, aprendizados.
E, às vezes, os que partem são tão importantes quanto os que permanecem.
Nunca é por acaso.
Nada. Nem ninguém.
Sempre há um propósito oculto.
Sempre fica um aprendizado.
Aprenda a deixar ir…
E esteja de braços abertos para receber o que — ou quem — ainda está por vir.
Esse rio é longo, cheio de curvas, até que finalmente se encontre com o mar.
Paulo Barbosa
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