Cuidar de bebês reborn como se fossem crianças reais não é uma simples excentricidade ou um hobby inocente. É um comportamento que aponta para uma **fragilidade emocional profunda**, e, muitas vezes, para um **quadro psicopatológico que merece atenção clínica séria**.
As notícias e estudos recentes mostram que essa prática é muito mais do que um modismo bizarro: é uma forma de **fuga da realidade** que pode esconder transtornos como luto patológico, dissociação ou mesmo quadros psicóticos. Muitas vezes, esse apego extremo a bonecos que não têm vida pode funcionar como um processo dissociativo, em que o indivíduo se distancia da realidade por meio de sintomas como despersonalização, sensação de irrealidade e regressão a um estado psicológico infantil para evitar traumas ou sofrimentos presentes.
Em casos mais graves, o vínculo com o bebê reborn pode indicar a presença de transtornos psicóticos, como delírios de maternidade, em que a pessoa acredita que o boneco é um ser vivo, configurando uma ruptura com a realidade típica de esquizofrenia ou transtornos delirantes persistentes.
Além disso, esse comportamento pode também estar relacionado a transtornos de ansiedade e depressão, em que o cuidado com o reborn se torna uma forma disfuncional de lidar com a solidão profunda, a carência afetiva e o medo, ao mesmo tempo que pode levar ao isolamento social e agravar ainda mais o sofrimento mental.
Não raro, características de transtornos de personalidade, como traços obsessivos ou dependentes, favorecem a fixação em relações simbólicas substitutivas como essa, afastando a pessoa de relações interpessoais reais e contribuindo para um quadro de sofrimento prolongado.
Além disso, a popularização dessa prática pelas redes sociais potencializa o fenômeno, criando um ambiente que pode reforçar a negação da realidade e dificultar o reconhecimento do problema. Não é raro ver relatos de pessoas que deixam suas vidas sociais, relacionamentos e até a própria saúde de lado para se dedicarem integralmente a esses bonecos. Isso não é saudável nem natural, é **um sinal claro de descompensação mental**.
Romantizar ou minimizar esse comportamento como “apenas uma forma de amar diferente” é um erro grave que impede a compreensão da verdadeira gravidade do quadro. É necessário enxergar com clareza: essa prática pode ser sintoma de sofrimento intenso, e ignorá-la é negligenciar a saúde mental dessas pessoas.
Por fim, cabe à psicologia e à psiquiatria não só identificar, mas intervir de forma efetiva para que essas pessoas possam retomar o contato com a realidade, superar seus traumas e reconstruir relações humanas reais.
Luz e Consciência
Assunto do momento. Caso para a psicologia e à psiquiatria . Bom final de semana Mago. Abraço.
ResponderExcluirCriados para preencher o vazio de corações solitários
Mas até quando serão suficientes
Para suprir a falta de amor?
Saudações Lúcia
ExcluirExcelente as colocações.
Falta de amor: a raiz de nossos problemas.
Gratidão por estar aqui!
Vc. melhor do que ninguém sabé o significado dessa loucura.
ResponderExcluirOlá amiga
ExcluirVivemos tempos em que a linha entre realidade e fantasia parece cada vez mais tênue.
Em um mundo cada vez mais propenso a confundir fantasia com realidade, é urgente resgatar a importância do enfrentamento das dificuldades reais e do cultivo de relações humanas genuínas.
O desafio está em reconhecer e tratar as carências emocionais sem recorrer a substituições que, embora confortantes, não oferecem as soluções necessárias para uma vida plena e saudável.
Falta AMOR!
Abraço
Depois da Covid as pessoas ficaram diferentes.
ExcluirA coisa é mais séria do que imaginava, como comentei, o universo está captando a mensagem dada por esses lunáticos.
ResponderExcluirCom certeza
ResponderExcluirAbraços