Caminhamos pelo intrincado labirinto da existência, onde a ideia de se perder deixa de ser um temor e se transforma em uma abertura para novas possibilidades. A vida, com seus caminhos inesperados e desvios involuntários, nos ensina que cada erro aparente é uma lição disfarçada, cada curva revela paisagens antes invisíveis. Não há mapas precisos para a jornada do ser, pois não é um lugar fixo a se alcançar, mas uma construção contínua, moldada por cada escolha, cada queda e cada recomeço.
Aceitar a impermanência como uma companheira fiel é reconhecer que a estabilidade é uma ilusão, e que é no movimento constante que a vida encontra seu propósito.
Perder-se, portanto, é abrir-se ao mistério, ao desconhecido que desperta nosso crescimento. É ao abandonar as rígidas amarras do controle que descobrimos a liberdade de sermos quem realmente somos, sem medo de nos reinventarmos.
No final, somos caminhantes, não peregrinos em busca de certezas, mas exploradores da incerteza. E é justamente na vastidão do não sabido que reside a essência do ser e do vir a ser. Perder o medo de se perder é aprender a confiar no fluxo da vida, onde cada passo, mesmo hesitante, nos aproxima do que realmente importa: a conexão profunda com nós mesmos e com o infinito ao nosso redor.
Taty Araújo
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