Fisicamente, o corpo humano é composto por moléculas organizadas em uma estrutura altamente coesa, que depende diretamente das condições do espaço-tempo onde foi formado. Essa estrutura existe em equilíbrio com as leis da termodinâmica, da mecânica quântica e da relatividade. Quando falamos em viajar no tempo, estamos lidando com a ruptura desses equilíbrios.
A segunda lei da termodinâmica afirma que a entropia — a tendência natural à desordem — sempre aumenta com o tempo. Se tentássemos mover o corpo para o passado, estaríamos forçando uma estrutura de alta complexidade a existir num ambiente com outra distribuição de energia e outro estado entrópico. Isso quebraria a coesão molecular do corpo, podendo causar instabilidade ou desintegração.
Além disso, a estrutura molecular do corpo está sincronizada com o colapso quântico da nossa realidade atual. Cada átomo vibra com base em frequências ajustadas à densidade do tempo presente. Transportar essa estrutura para outra camada temporal exigiria uma reprogramação instantânea dessas frequências — algo que violaria o princípio da invariância do referencial da relatividade restrita.
No tempo presente, o corpo obedece às leis gravitacionais e eletromagnéticas locais. Ao mudar o tempo, você mudaria também essas constantes universais naquele ponto do espaço-tempo. O corpo, ao não reconhecer o novo conjunto de variáveis físicas, perderia estabilidade. Isso é semelhante ao que acontece quando uma estrutura entra num campo gravitacional extremo: as forças não se equilibram, e ela colapsa.
Por isso, mesmo que a consciência possa acessar outras linhas de tempo em níveis sutis, a matéria orgânica, densa e molecularmente programada, não acompanha esse salto. A física que sustenta a integridade do corpo não é compatível com a distorção temporal real.
Luz e Consciência
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