Medo de rejeição e insegurança incomodam quem vive mudando o visual
A cada semana, uma nova cor de cabelo. Por mês, mais da metade do salário fica no salão de beleza (onde novos cortes e tratamentos são experimentados, e descartados, sem nenhuma cerimônia). O vai-e-vem na aparência, no entanto, revela mais do que preocupações com a vaidade: pode ser sinal de insegurança e dificuldade de ser aceito pelos outros.
As pessoas que não toleram a própria aparência sofrem com crises de autoestima. Mas mudanças constantes no visual são uma tentativa de reverter esse quadro
O problema, no entanto, não é estético. Trata-se de um mal-estar interno, que não vai ser resolvido com a tesoura ou com pinceladas de descolorante. Estamos falando de uma inadequação, típica de pessoas que não sabem valorizar a própria opinião e vivem continuamente em conflito, temendo a reprovação alheia.
Mudando demais o visual
Antes que você entre em crise, calma: é normal sentir vontade mudar a aparência e ficar feliz quando sai de casa com o cabelo novo ou compra uma peça de roupa especial. O problema não está nas simples mudanças do dia a dia, mas sim em jamais ficar satisfeito com as transformações, como se elas não fossem suficientes.
Para diferenciar um caso grave de um acesso de vaidade, é só refletir sobre a motivação que gera a mudança. Não há nada de errado em querer parecer mais bonito. Mas se você nunca está confortável com o que vê no espelho, por mais que invista na estética, é hora de procurar ajuda de um psicólogo.
A falsa feia
Viver escondida atrás de roupas largas, deixar os cabelos super bagunçados ou nunca se preocupar com o figurino também é uma característica de pessoas que não aceitam a própria imagem. Esse seria apenas um sintoma diferente do mesmo problema de aceitação enfrentado pelas pessoas que gastam o que podem(e o que não podem) com a estética.
A autoestima é a principal afetada nesses casos. Não cuidar da própria aparência é como desistir da própria imagem. As pessoas que agem dessa maneira não acreditam que podem ser atraentes e, por isso, abandonam os cuidados pessoais.
Preocupação feminina
Apesar de afetar homens e mulheres, o dilema de aceitação ainda afeta mais o público feminino.
Elas se comparam mais umas às outras e, por isso, apresentam um nível maior de insatisfação. Para muitas, a mulher perfeita sempre vai ser a outra, alimentando um ciclo de queixas e insatisfação que nunca termina. No limite, até um médico deve ser procurado (para lidar com os excessos que dão origem à anorexia e outros distúrbios de imagem). Há casos de pessoas que chegam a se privar da vida social por problemas de baixa autoestima.
Quando a imagem que a pessoa tem de si mesma é negativa e ela não se julga mais atraente ou interessante, a reclusão surge. O paciente tem vergonha de se expor em público, por sentir que é inadequado. Contra isso, não mudança estética que resolva e a orientação de um terapeuta e necessária
O trabalho vai ajudar no resgate da autoestima e também trabalhar os sentimentos de confiança e aceitação, sem tanta dependência da aprovação externa.
Fonte: beckbeleza.com.br
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