Em nome de causas reais, mobiliza-se um exercito de “fiscais” histéricos sempre que julgam que alguém ultrapassou seus virtuosos limites.
Rotula-se por um comentário, uma piada, uma expressão (geralmente de mal gosto) legitimando a execução de penas que podem variar entre a execração pública, ou o limbo de quem pode viver na sociedade, mas sem direito a emprego ou respeito. Foram condenados.
Por trás da histeria, temas justos legitimam movimentos políticos e ideológicos que se autoproclamam detentores da verdade e, por isso mesmo, juízes de causas que originalmente não lhes pertence.
Criam um próprio discurso, uma estética, uma linguagem que os caracterize como tribo, priorizam pautas que escondem reais interesses e, em nome da virtude, arregimentam soldados.
Se alguém contesta os movimentos, suas penas, ou representantes, automaticamente é acusado de ser contra as causas. Em um mundo onde a imagem e a reputação são essenciais, raros ousam contestá-los. É mais uma ferramenta de controle.
Chegará o tempo em que pensar será obsoleto.
Flávio Siqueira
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