Gostar de alguém no começo é fácil. O encanto das primeiras conversas, o brilho de novidade, o melhor de cada um exposto como vitrine. É o momento em que tudo parece perfeito, em que a admiração cresce sem esforço e o coração dispara só de pensar no outro.
Mas o tempo revela as camadas que estavam escondidas. Os defeitos surgem, as manias incomodam, os medos aparecem. É aí que o amor é testado. Muitos não passam dessa fase — desistem no primeiro tropeço, acreditando que o amor verdadeiro deveria ser leve, sem conflitos, sem dores.
A verdade é que amar de verdade exige maturidade. Exige olhar para o outro com paciência, reconhecer que todo ser humano carrega imperfeições, inseguranças e cicatrizes. E mesmo assim, decidir ficar.
Isso não significa aceitar tudo. Há limites que não devem ser cruzados. Mas a maior parte dos defeitos não é motivo para partir — é oportunidade para crescer, aprender, construir algo mais forte.
Amor é o que sobra depois que a empolgação vai embora. Amor é o que resiste depois que o encantamento dá lugar à convivência real.
É escolher, todos os dias, amar de novo. É segurar a mão do outro mesmo nos dias nublados, mesmo quando a rotina pesa, mesmo quando a vida não é mais festa, mas estrada.
Porque amar de verdade não é sobre se apaixonar por mil versões diferentes. É sobre escolher a mesma alma, nas suas virtudes e imperfeições, e fazer desse encontro um lar.
✡️ Emilia Morales terapeuta holistica
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