08/04/2025

Quando a dor tem nome: Padre Fábio de Melo


"A pior solidão é aquela que nos acompanha mesmo quando estamos rodeados de pessoas" Padre Fábio de Melo

Falar sobre depressão nunca foi fácil. Ainda mais quando se é uma figura pública, um líder religioso, uma referência para tantas pessoas. Mas o que acontece quando alguém como Padre Fábio de Melo admite que voltou a ter sintomas de depressão e que, em algum momento, já pensou em morrer?

A resposta não está apenas na repercussão da notícia, mas na força que essa atitude tem para quebrar tabus e enfrentar, de uma vez por todas, o preconceito contra as doenças mentais.

Durante muito tempo, a depressão foi vista como fraqueza, falta de fé, falta de força de vontade. Ainda hoje, há quem trate a dor psíquica como algo que pode ser resolvido com frases de efeito, conselhos bem-intencionados ou um simples "vá rezar que passa".

Admitir um sofrimento psíquico não é um ato de rendição, mas de coragem. Quando Padre Fábio de Melo compartilha sua dor, ele não apenas humaniza sua trajetória, mas dá voz a milhões de pessoas que sofrem caladas. E, ao fazer isso, ele ajuda a derrubar um dos preconceitos mais cruéis que ainda enfrentamos: a psicofobia, a discriminação contra pessoas que lidam com transtornos mentais.

A ideia de que quem tem fé não pode adoecer emocionalmente é um erro que ainda persiste. Mas depressão não é falta de Deus, não é fraqueza, não é preguiça. Depressão é uma doença séria, com causas multifatoriais, que exige acompanhamento médico, psicológico e, em muitos casos, tratamento medicamentoso.

Se há algo que a fala de Padre Fábio nos ensina é que ninguém está imune à dor emocional. Mas reconhecer essa dor, falar sobre ela e buscar ajuda pode ser o primeiro passo para sair da escuridão.

Depressão não é frescura. Não é falta de Deus. Não é drama. É uma condição real e precisa ser tratada com respeito. Agora me diga: quantas pessoas ainda precisam ouvir essa mensagem para entender que pedir ajuda é um ato de coragem?

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