29/04/2025

Ramatís e a neurociência: a oração como catalisador da consciência....


A prece, tradicionalmente vista como um elo entre a criatura e o Criador, vem ganhando novas interpretações à medida que ciência e espiritualidade começam a dialogar com mais abertura. No capítulo 11 da obra "Elucidações do Além", Ramatís descreve a oração como um "detonador psíquico" capaz de ativar forças excelsas adormecidas na alma humana. À primeira vista, essa imagem parece se restringir ao campo da fé. No entanto, quando colocada sob a lente da física quântica e das neurociências da consciência, ela revela uma surpreendente afinidade com descobertas modernas sobre o poder da mente e da intenção.

Na física quântica, conceitos como o colapso da função de onda - em que o observador influencia diretamente o comportamento da realidade quântica - têm sido usados por pensadores como Amit Goswami para explicar como a consciência molda o mundo. Para Goswami, "a consciência é a base do ser", e nossos estados internos são capazes de provocar saltos de transformação que ressoam não apenas dentro de nós, mas também no tecido da realidade (O Universo Autoconsciente, cap. 4).

De modo análogo, Ramatís afirma que a eficácia da oração depende da intenção e do grau espiritual do indivíduo. Isso encontra eco na neurociência, especialmente em estudos sobre neuroplasticidade, que revelam como pensamentos conscientes e emoções elevadas alteram conexões neurais, transformando o cérebro de maneira funcional. Joe Dispenza, neurocientista e pesquisador de estados meditativos, afirma que "pensamentos elevados, associados a sentimentos elevados, criam uma química cerebral e corporal que favorece estados de cura, regeneração e expansão da consciência" (Como se Tornar Sobrenatural, cap. 2).

Além disso, a oração tem sido associada a um fenômeno chamado coerência cardíaco-cerebral, estudado pelo HeartMath Institute. Durante estados de oração ou meditação profunda, o ritmo cardíaco entra em sincronia com padrões cerebrais, gerando equilíbrio emocional, clareza mental e sensação de bem-estar. Esse estado de coerência pode ser visto como a materialização fisiológica daquilo que Ramatís descreve como "higienização da mente e liberação da luz interior".

No campo da epigenética, as descobertas também apontam para uma correlação direta entre estados emocionais e a expressão genética. Emoções como gratidão, compaixão e amor - frequentemente cultivadas durante a oração - são capazes de ativar genes relacionados à imunidade, regeneração celular e longevidade. Bruce Lipton, biólogo celular e autor de "A Biologia da Crença", afirma que “a percepção que temos da realidade é capaz de modificar nossa biologia mais do que os próprios genes herdados”.

A esse entendimento, soma-se a perspectiva de Manoel Philomeno de Miranda, por intermédio de Divaldo Franco, ao afirmar que a oração é uma força dinâmica que restabelece energias e sintoniza o orante com “Fontes Inexauríveis” de onde procedem recursos vitais. Segundo ele, esse estado de sintonia permite ao indivíduo não apenas preservar a saúde e conquistar a paz, mas também manter um campo vibracional receptivo às emanações superiores presentes no Cosmo. Em suas palavras, “nenhuma louvação, rogativa e gratidão expressas através da prece fica sem resposta adequada, desde que os sentimentos acompanhem-lhe o curso oracional” (Sexo e Obsessão, cap. 2).

Ramatís também propõe que o ser humano evolui por dois caminhos: o da dor ou o da oração. A dor atua como força corretiva, levando à purificação compulsória; já a oração promove esse mesmo despertar de forma consciente e voluntária. Essa ideia se conecta à noção de “salto quântico da consciência”, segundo a qual experiências de sofrimento ou de êxtase espiritual podem romper velhos padrões mentais e conduzir a um novo estado de ser.evolui por dois caminhos: o da dor ou o da oração.

A dor atua como força corretiva, conduzindo à purificação compulsória; já a oração promove esse mesmo despertar de forma consciente e voluntária. Essa ideia se conecta à noção de “salto quântico da consciência”, segundo a qual experiências de sofrimento ou de êxtase espiritual podem romper velhos padrões mentais e conduzir a um novo estado de ser.

Em outro de seus livros, Ramatís aprofunda essa concepção ao descrever a oração como um exercício vibratório que busca romper o ciclo letárgico da forma material. A prece, diz ele, “é ginástica moral, para desenvolver os ‘músculos’ do espírito”, auxiliando o ser a adaptar-se, desde já, ao “futuro comportamento do anjo” (A Vida no Planeta Marte, cap. 29). Tal imagem, ao mesmo tempo poética e precisa, evoca o conceito de neuroplasticidade moral, segundo o qual hábitos elevados e práticas espirituais moldam não apenas a mente, mas o caráter profundo do indivíduo.

A oração torna-se, então, uma espécie de laboratório interno da alma, onde ela exercita e amadurece sua própria divindade.

Por fim, Ramatís afirma que nenhum auxílio é tão eficiente para o equilíbrio moral do espírito quanto a prece, pois ela religa a criatura ao Criador. Essa ligação, embora invisível, tem sido investigada por cientistas como Rupert Sheldrake, que propõe a existência de campos morfogenéticos - estruturas invisíveis de informação que conectam seres vivos e transmitem padrões de organização. Segundo ele, a mente não está confinada ao cérebro, mas interage com um campo maior, e a oração pode ser um meio de sintonizar-se com esse campo universal.

Assim, ao observarmos o pensamento de Ramatís à luz dessas abordagens contemporâneas, vemos que a oração não é apenas um ritual espiritual, mas uma verdadeira tecnologia interior de consciência. Ela atua sobre o corpo, o cérebro, o campo energético e, principalmente, sobre o destino evolutivo da alma. Entre a física quântica e a espiritualidade, entre os neurônios e o espírito, a prece emerge como ponte viva entre o visível e o invisível - entre o humano e o divino.

Ramatis Mediunidade de Cura | PDF

https://pt.scribd.com/doc/101010294/Ramatis-Mediunidade-de-Cura

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