01/04/2025

Suicídio involuntário ou inconsciente...podemos ter a certeza de que não o estamos cometendo?


Inicialmente para acreditar na viabilidade do suicídio temos que crer que não vivíamos antes do berço e não continuaremos a viver após túmulo, e principalmente, que não colheremos as consequências do que fizemos de nossas vidas, de nossos corpo durante nossa passagem nossa passagem neste plano. E mais, acreditar que a morte prevalece sobre a vida, pois em dado momento por motivos variados, resolvemos que não é mais interessante continuar vivo. Estou correto?

De uma forma simples, se imaginarmos que nossa existência é restrita aos limites do berço ao túmulo, sem dúvida, o suicídio seria a grande solução para os problemas e as dores da terra. Ocorre que somos imortais. Em minha opinião falta a todos aqueles que se precipitam no suicídio um conhecimento mínimo a respeito do tema, bem como, uma visão espiritual. É justamente à falta desses "valores" que nos faz crer que o suicida é somente aquele que, levado por um ato desatinado, atenta contra a própria vida e consegue seu intento. 

Mas nosso tema não é o suicídio consciente mas sim um outro tipo. Aquele lento e silencioso que chamamos de suicídio indireto, inconsciente ou involuntário. Aquele em que a pessoa não tem consciência de que determinado comportamento pode complicar e abreviar a sua existência. 

Esse tipo de suicídio é aquele em que vai aniquilando, minando o nosso corpo físico lentamente pela maneira como vivemos, ou seja, pelos excessos que cometemos diariamente, como excessos na alimentação, uso de drogas, sexo desmedido, imprudências, sentimentos negativos como irritação, mágoas, revolta, entre outros. 

Se tomarmos como exemplo a imprudência, seja no trânsito ou qualquer situação em que, consciente o inconscientemente nos coloque em risco de morte, será caracterizada como um suicídio indireto ou inconsciente. Ou seja, sempre que desrespeitamos as regras da vida, ficamos por conta do que possa acontecer, incluindo a morte extemporânea, de tristes consequências. 

Kardec, nas questões de 943 a 957 de “O Livro dos Espíritos” nos dá uma visão sobre a importância deste assunto. Em “Nosso Lar” André Luiz nos relata sua própria história como tendo sido um “suicida inconsciente”. 

No plano espiritual, a situação daqueles que desencarnaram por terem maltratado o corpo físico enfrentam dificuldades de adaptação. Partem antes do tempo, guardam ainda forte impregnação envolvendo os vícios e as situações terrenas. Os viciados continuam a sentir a necessidade de satisfazer o vício porque não há condicionamento apenas do corpo físico, mas também do períspirito. 

Assim, atormentam-se com a premência de consumir drogas, cigarros, bebidas alcóolicas…Há aqueles que apelam para a obsessão… Induzem viciados da Terra a buscar a substância de que carecem, a fim de que, ligando-se a eles psiquicamente, possam satisfazer-se. Daí ser difícil a recuperação. 

O obsediado tem sempre parceiros invisíveis, interessados em sustentar-lhe o vício, em proveito próprio.

Importante destacar que diante das revelações da Doutrina Espírita sobre o sofrimento dos suicidas, o que se pode fazer por eles é não julgá-los; ter a certeza de que não estarão irremediavelmente abandonados, mas que serão observados e amparados, e efetivamente que a oração em seu benefício é importante. Quando oramos nossas vibrações lhes proporcionam alívio. Podemos perceber que os tormentos do suicídio, no mundo espiritual, não o redimem de seu desatino, mas haverá todo um processo de reajuste. Assim como o suicida consciente, o suicida inconsciente terá sequelas em existência futura que funcionarão não apenas como resultado de seus excessos, mas, também, como veículos de contenção, destinados a sofrear e eliminar as tendências e vícios desenvolvidos. 

Toda existência, por mais difícil que seja, é uma benção concedida por Deus (Alá, Buda, Krishina, etc.) a benefício de nossos reajustes, aprendizados e evolução a que somos destinados.

O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo Sede Perfeitos nos diz: “amai, então, a vossa alma, mas cuidai também do corpo, instrumento da alma.

Não castigueis o corpo pelas faltas que o vosso livre arbítrio o fez cometer e do qual ele é tão responsável quanto o cavalo mal conduzido o é, pelos acidentes que causa”.

Bibliografia

Suicídio – Tudo o que você precisa saber – Richard Simonetti

E.S.E. – cap. XVII – Sede Perfeitos

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