Pesquisadores afirmam que desenvolver a autocompaixão é mais eficaz do que focar na autoestima.
Autocompaixão é uma palavra ainda pouco compreendida.
Usamos raramente, para falar a verdade.
Ou, quando usamos, ela costuma aparecer com um sentido errado.
Como se fosse sinônimo de ter pena de si mesmo.
O fato é que autocompaixão não tem nada a ver com posturas vitimistas — ou algo do gênero.
Até podemos dizer que o exercício vai no sentido oposto. Pois impede, justamente, que se construa uma visão da realidade onde se é impotente.
A proposta de autocompaixão está mais para a prática madura, saudável (e libertadora) de aceitar a si mesmo. Com direito a cometer erros de escolha. Pensar diferente. E — talvez o mais importante — se permitir não dar conta de tudo.
Então autocompaixão é o mesmo que baixar os padrões, certo?
Ou se acostumar a esperar menos de si mesmo… Se conformar com um problema…
Te parece isso mesmo?
Bem, se fosse assim, autocompaixão seria companhia para complexo de inferioridade.
E, obviamente, não é este o caso.
A pergunta, portanto, é: como praticar a autocompaixão de modo sensato?
Ou seja:
Como avaliar as próprias falhas, culpas e vergonhas sem se torturar no processo — nem passar pano para si mesmo?
Porque autocompaixão se trata disso. De encarar o que incomoda de frente, sem fugir do assunto.
Admitir que um sofrimento é válido. Que um erro foi cometido. Que existem “pontos negativos” em sua história.
Em outras palavras, praticar a autocompaixão é se reconhecer imperfeito.
E se perdoar por isso.
Fonte: Clínica de Psicologia Nodari
Nenhum comentário:
Postar um comentário