29/11/2023

Autocompaixão: a arte de ficar em paz consigo mesmo


Pesquisadores afirmam que desenvolver a autocompaixão é mais eficaz do que focar na autoestima.

Autocompaixão é uma palavra ainda pouco compreendida.

Usamos raramente, para falar a verdade.

Ou, quando usamos, ela costuma aparecer com um sentido errado.

Como se fosse sinônimo de ter pena de si mesmo.

O fato é que autocompaixão não tem nada a ver com posturas vitimistas — ou algo do gênero.

Até podemos dizer que o exercício vai no sentido oposto. Pois impede, justamente, que se construa uma visão da realidade onde se é impotente.

A proposta de autocompaixão está mais para a prática madura, saudável (e libertadora) de aceitar a si mesmo. Com direito a cometer erros de escolha. Pensar diferente. E — talvez o mais importante — se permitir não dar conta de tudo.

Então autocompaixão é o mesmo que baixar os padrões, certo?

Ou se acostumar a esperar menos de si mesmo… Se conformar com um problema…

Te parece isso mesmo?

Bem, se fosse assim, autocompaixão seria companhia para complexo de inferioridade.

E, obviamente, não é este o caso.

A pergunta, portanto, é: como praticar a autocompaixão de modo sensato?

Ou seja:

Como avaliar as próprias falhas, culpas e vergonhas sem se torturar no processo — nem passar pano para si mesmo?

Porque autocompaixão se trata disso. De encarar o que incomoda de frente, sem fugir do assunto.

Admitir que um sofrimento é válido. Que um erro foi cometido. Que existem “pontos negativos” em sua história.

Em outras palavras, praticar a autocompaixão é se reconhecer imperfeito.

E se perdoar por isso.

Fonte: Clínica de Psicologia Nodari


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