Descobri que os homens não podem falar em nome de Deus e o absolvi. Me afastei das ladainhas e fez-se silêncio. Deus não me deve mais nada.
Então os livros se tornaram livros, os sacerdotes, meninos, os templos, arquiteturas de nossas infindáveis buscas.
O silêncio absorveu o nome de Deus. Eu não tinha como chamá-lo.
Desiludi-me das retóricas. Calei.
Não quero explicar o por do sol, não diminuo o universo com minha ciência. Teologias deixaram de caber no espaço da minha renúncia.
Deus se proclama sem nome e eu só falo por mim. Não temos divergências e ele não me deve mais nada.
Flávio Siqueira
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