A humanidade vive buscando paz como se fosse algo que se conquista do lado de fora. Como se estivesse em algum lugar distante, escondido em promessas, em rituais, em religiões, em salvadores. Correm atrás de paraísos prometidos, mas continuam carregando infernos dentro do peito. Não enxergam que o verdadeiro paraíso não é um lugar, é um estado. E esse estado não se alcança fingindo paz enquanto o coração grita.
A maioria quer um alívio, não uma libertação. Quer calmaria sem enfrentar as causas da tempestade. Mas paz de verdade não é ausência de conflito — é presença de consciência. E pra chegar nela, muita coisa precisa ser quebrada: ideias, crenças, medos, personagens.
O paraíso não foi perdido. Foi abandonado. A humanidade trocou a essência pela aparência, a verdade pela aceitação, a alma pela performance. E agora vive buscando um retorno sem coragem de enfrentar o caminho de volta.
Querem paz, mas vivem em guerra com quem são. Querem luz, mas se escondem da própria sombra. Querem amor, mas não suportam o próprio reflexo. Paz não se compra, não se herda, não se recebe. Paz se conquista quando a alma decide parar de mentir pra si mesma.
E o paraíso? O paraíso começa quando a verdade se torna mais importante do que agradar. Quando você escolhe viver por inteiro, mesmo que isso custe tudo aquilo que te mantinha pela metade.
Luz e Consciência
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