A introversão, no pensamento de Jung, não é apenas um traço de personalidade, mas uma atitude psíquica predominante, ou seja, uma forma pela qual o ego se orienta diante da vida e da realidade.
Daryl Sharp define:
“Introversão é uma atitude em que a libido se volta para os processos internos e subjetivos, em vez de para os objetos externos.” (Sharp, Dicionário de Psicologia Analítica, 1994, p. 62)
Samuels, Shorter e Plaut complementam:
“O introvertido é primariamente influenciado por fatores internos, subjetivos e simbólicos. Valoriza o significado mais do que a aparência externa.” (Samuels et al., Dicionário Crítico de Termos Junguianos, 1988, p. 123)
Como funciona a psique introvertida?
Segundo Jung, a introversão representa uma relação da consciência com conteúdos internos. O introvertido:
Busca sentido nas experiências subjetivas e emocionais;
Valoriza o simbolismo, a imaginação e a reflexão;
Prefere a profundidade ao invés da variedade;
É movido mais por impressões internas do que por estímulos externos.
Jung escreve:
“A atitude introvertida é caracterizada pela preponderância do fator subjetivo. O julgamento se apoia no que emerge da experiência interior.” (Jung, OC 6 – Tipos Psicológicos, §563)
Tipos introvertidos segundo Jung
Assim como a extroversão, a introversão pode se manifestar por meio de diferentes funções psicológicas (pensamento, sentimento, sensação e intuição). Assim, existem:
Pensadores introvertidos (ex: filósofos reflexivos);
Sentimentais introvertidos (ex: pessoas que sentem profundamente, mas demonstram pouco);
Sensoriais introvertidos (ex: pessoas ligadas ao corpo e à natureza de forma silenciosa);
Intuitivos introvertidos (ex: visionários, místicos, criadores simbólicos).
Cada uma dessas combinações produz uma forma única de relação com o mundo interior.
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