Imagine o Sol simplesmente sumindo do céu: em apenas oito minutos — o tempo que a luz leva para chegar até aqui — tudo mergulharia numa escuridão absoluta. Sem a fonte de calor, as temperaturas despencariam vertiginosamente, congelando os oceanos e transformando a superfície num deserto de gelo inóspito.
Sem luz, a fotossíntese pararia na hora, derrubando toda a cadeia alimentar: plantas, fitoplâncton e, em seguida, cada nível da teia da vida. Seríamos obrigados a assistir ao colapso da biosfera, com a morte em massa de quem ainda resistisse ao frio.
E não para por aí: com a queda de temperatura, nossa atmosfera começaria a solidificar, tornando o ar tão rarefeito quanto um manto de nitrogênio e oxigênio congelados. Só os mais adaptados — microrganismos que se escondem em rochas profundas ou eventuais colônias humanas dentro de abrigos geotérmicos — teriam alguma chance de sobreviver, presos a reservas de calor artificiais e sustento mínimo.
No fim das contas, sem o Sol, nosso planeta se tornaria um relicário gelado, um monumento silencioso ao poder que uma estrela exerce sobre a vida.
Luz e Consciência
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