Você já se pegou sendo pressionado por si mesmo para fazer mais do que faz rotineiramente, para render mais, realizar-se mais, "ser" além do que é? Ou às vezes, mesmo sem ser intencional, compara sua vida com a de outras pessoas (seja pelo Facebook ou na vida real), avaliando quem é mais "interessante", mais descolado e bem realizado?
A cobrança para agir mais e ser autêntico é frequente nos dias de hoje. Somos pressionados por ter sucesso, "fazer e acontecer". O resultado é que, com tantas expectativas, é fácil ficarmos perdidos ou decepcionados com nós mesmos. E o mais curioso, buscamos não só a aprovação dos outros, como a nossa própria, e nos frustramos com as expectativas que criamos, ficando escravos desse ciclo.
Por que ficamos escravos de nós mesmos?
Com tanta cobrança, interna e externa, muitos de nós ficamos cansados de buscarmos sermos melhores, mais produtivos, alcançarmos o sucesso – seja lá o que isso signifique. No livro "Sociedade do Cansaço", o filósofo Byung-Chul Han diz que a sociedade ativa moderna vive em estado de "histeria e nervosismo", situação acarretada por uma autocobrança e necessidade de produzir mais e melhor constantemente.
De acordo com o autor, esse estado causa esgotamento e depressão nos indivíduos. Não somos mais cobrados por fatores externos, como um patrão ou a escala de trabalho da empresa. A cobrança atual, diz, vem de nós próprios, em uma era onde somos "soberanos de nós mesmos".
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