Yemanjá não é só mar. É mãe de código antigo, é útero cósmico que guarda a origem de tudo o que foi gerado.
Ela não cabe na imagem de sereia domesticada, nem no arquétipo da mulher que vive para cuidar dos outros.
Yemanjá carrega em si a força do recolhimento, do silêncio que antecede o nascimento, da água que arrebenta para dar início a uma nova vida — ou a uma nova morte.
Se você se conecta com ela achando que vai encontrar paz e calmaria, cuidado. Yemanjá dá o que você precisa, não o que você quer.
Ela varre o que está podre. Leva embora ilusões, afetos falsos, pessoas que você insiste em segurar. Leva. E leva com força. Porque o mar não negocia com o apego — ele devolve o que não é seu, arranca o que você se recusava a enxergar, e deixa você nu diante da sua essência.
No campo espiritual, Yemanjá é engenharia vibracional do feminino original. Atua no campo do DNA astral, especialmente nas memórias ligadas à maternidade, à ancestralidade feminina, aos abusos esquecidos no fundo do inconsciente.
Ela acessa moléculas energéticas ligadas à rejeição, abandono e culpa geracional. Reestrutura o campo emocional a partir do vórtice do útero — físico ou energético.
Muitas vezes, quem trabalha com Yemanjá vive processos intensos de renascimento, rompimento de laços familiares tóxicos, e limpeza profunda de registros de submissão feminina. Porque ela não ensina a ser boazinha: ensina a ser inteira.
Iemanjá não pede oferendas por vaidade. Pede presença. Pede entrega. E quando aceita, ela incorpora a alma no processo de transformação total.
O mar não devolve a mesma pessoa que entrou.
Luz e Consciência
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