Quando eu era adolescente, estava atravessando um período de transição, um momento em que o mundo parecia tanto vasto quanto intimidador. Em meio a essa confusão, eu encontrava um refúgio nas canções. As melodias, cheias de acordes e emoções, eram como portas para universos que apenas eu podia explorar. Eu sempre me lembrava de me sentar em meu quarto, mergulhada no som, com os olhos fechados e o coração aberto, permitindo que a música me levasse a lugares distantes e me fizesse sonhar.
Eu me via viajando por cenários impossíveis, vivendo aventuras que só podiam existir nas letras de uma canção. Em cada batida, nas harmonias, eu encontrava uma reflexão sobre a vida, sobre amor, amizade, dor e superação.
Comecei a colocar no papel os sentimentos que a música despertava em mim. A música me ensinou que os sonhos eram caminhos que contavam verdades e revelavam nossos desejos mais profundos.
Com o passar do tempo, a vida começou a mudar. Embora ainda amasse a música, a escola se tornava mais desafiadora.
Os anos passaram, e a intensidade da adolescência foi substituída pelo peso das responsabilidades. No entanto, a música nunca me abandonou. Em momentos de solidão ou ansiedade, eu mergulhava nas minhas canções preferidas e resgatava aquele sentimento de liberdade que me acompanhava na juventude. A música ainda era minha confidente, a voz da minha alma que me tranquilizava. Cada acorde, cada letra, me lembrava de que havia um mundo repleto de sonhos esperando para ser explorado.
Com o passar dos anos, percebi que a música não apenas me acompanhou, mas também inspirou meu caminho. Cada sonho construído era como uma nova nota em uma sinfonia.
Hoje, ao olhar para trás, vejo as canções como companheiras da minha jornada. Elas foram cometas que iluminaram minha vida, mostrando que, mesmo nas horas mais sombrias, era possível encontrar beleza e verdade. O amor que eu buscava nos meus sonhos se revelou em cada melodia, em cada letra que ecoava na minha memória.
Portanto, a música é mais do que apenas um som; é a voz da minha alma. É a luz que me guia e a calma que eu preciso. E ao continuar a ouvir as canções e a escrever, eu percebo que a jornada nunca termina. Com cada dia que passa, novas melodias surgem novas histórias são contadas, e eu continuo a sonhar.
By Lucia
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