Presença do parasitas

Quando uma presença parasita entra no campo de alguém, ela não chega gritando, nem derruba cadeira. Ela se conecta em silêncio. Ela entra por onde o corpo já tava fragilizado — emocionalmente, mentalmente ou energeticamente. E o pior: quem tá em volta nem percebe que algo mudou. Porque a pessoa continua sorrindo, trabalhando, convivendo... Mas por dentro, já tem uma presença operando junto.

Essa invasão acontece em três níveis. O primeiro é mental.

A presença se conecta à parte emocional e começa a gerar pensamentos dentro do campo da pessoa. Não é que ela ouve vozes. Ela simplesmente passa a pensar diferente. Duvida de si, se sabota, reage fora do normal, sente culpa por coisas que nem fazem mais sentido.

É como se tivesse uma segunda consciência modulando as decisões — mas ela acha que é tudo dela.

Depois, a invasão afeta o corpo. Não de forma óbvia. Ela age por dentro, nas glândulas, porque é ali que o sistema físico e energético se cruzam.

A pineal começa a falhar. A pessoa perde o filtro, a intuição, o senso de direção.

O hipotálamo desregula tudo: sono, apetite, desejo, emoção.

As adrenais mantêm a pessoa num estado de tensão constante. Parece que ela vive sempre no limite.

E a tireoide perde a força. A pessoa começa a se calar, travar, segurar o que sente.

E por fim, o campo energético entra em queda.

A presença cria pontos de vazamento, impede a circulação natural da energia. Os chakras principais se desalinham, e o corpo começa a perder vitalidade, iniciativa, clareza.

Mas nada é visível. A pessoa só parece mais cansada, mais apática, ou mais impulsiva. Quem vê de fora acha que é fase. Mas por dentro, ela já não tá mais sozinha.

Esse tipo de possessão não tem sinal externo.

Não tem voz grossa, nem cabeça virando.

Tem perda de si.

Tem desconexão silenciosa.

Tem tomada de controle por esgotamento.

É isso que torna esse processo tão perigoso. Porque a pessoa continua funcionando. Mas já não é ela que tá no comando.

Luz e Consciência 

"Despair", arte de Alex Grey