“O Bem não é uma crença, tampouco, um meio para se chegar a um fim. Não entendemos isso, porque fomos educados à base de recompensas e punições.
Esta educação, seja familiar, seja religiosa, infantiliza as pessoas, precifica as relações, as tornando emocionalmente interesseiras, dependentes e egocêntricas.
Além de corromper o caráter, esse modelo educacional, no qual se busca gratificações, impede o desenvolvimento da inteligência, da sabedoria e violenta a natureza afetiva do Ser-Pessoa.
O Bem não pode vir dos interesses pessoais, nem do Mal. A lógica do bem no Mundo e nas sociedades não é a mesma que a Vida insiste em nos apresentar.
A Vida não obedece a sua lógica, nem o seu bom senso, muito menos, a sua razão...
Doenças, dores, decepções, traições, roubos, tragédias, acidentes, mortes, enfim, tudo aquilo que você aprendeu a nominar de sofrimento ou de má sorte, também acontece com pessoas de coração bom e de caráter reto.
Indivíduos, nações, povos que se creem escolhidos, salvos, superiores, devotados a uma suposta missão, seja de redenção ou de elevação, são mais suscetíveis a um processo de automatização do fazer, do pensar, além de caminharem com maior indiferença à Verdade e à Vida...
Neste sentido, também podem cristalizar em estados mentais egocentrados.
Não raro, se multiplicam comportamentos de obediência, de submissão, de conformismo, de paralisação do discernimento, de negociação e chantagem, e mais, sempre envoltos em uma densa sombra de personalismo.”
- 𝙇𝙞𝙨𝙯𝙩 𝙍𝙖𝙣𝙜𝙚𝙡 -
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