Acho interessante a colocação do suicídio como justo e como um ato que não fazemos por covardia (ou instinto), quando, no senso comum, muitas vezes o ato do suicídio que é visto como a saída covarde, mais fácil.
Acho que ver a vida como sofrimento, muitas vezes, é um sentimento compartilhado no ser humano. Estar vivo é ter que sentir, é ter que acordar todo dia vivendo com a incerteza não só da felicidade, mas do amanhã.
Mas morrer, além de imprevisível, também é cotidiano. Pessoas morrem como se come, como se acorda, como se tropeça. Não acho que tem como haver justiça no ultimo suspiro; em algo tão corriqueiro. Esses pensamentos são valores atrelados pelo o que consideramos que vale a pena: viver bem, ou morrer propriamente. O que significa cada uma dessas coisas? Existe um valor maior arbitrário?
Não acho que tenha resposta, mas gosto de citar um curta que vi em relação a isso:
"Um cervo morre em meio ao arame farpado;
Com fome, tentara mastigar o metal, engasgando no próprio sangue.
A morte, ao vir lhe buscar, pergunta: valeu a pena?
E o cervo, prontamente responde: E o quê que valor, tem haver com a vida?"
Viva a vida campeão. Viva ela de forma miserável, de forma feliz. Da forma mais melancólica esperançosa que puder. Não tem valor definido, não tem jeito certo de viver-ou morrer-. Na minha pequinitude, defendo o ato de viver de todos. Que participem dessa peça sem ensaio maravilhosamente terrível, até a morte mais cotidiana nos alcançar.
Texto de autoria desconhecida.
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