As boas intenções, quando não têm um alvo definido, acabam por dispersar a nossa energia e travar aquilo que realmente queremos realizar. Gastamos esforço a pensar nos outros, a tentar corrigir caminhos alheios, e esquecemo-nos de investir na nossa própria direção.
O primeiro passo é trazer a atenção para o que és tu e onde estás. Observa o que ocupou a tua mente até agora: preocupações com decisões que não são tuas, críticas silenciosas que te impedem de avançar. Só quando reconheces esse desvio de energia consegues encontrar o teu ponto de partida.
Segue depois o teu foco natural, distinguindo o que te cabe de verdade e o que ultrapassa a tua responsabilidade. Aceita as escolhas de quem está à tua volta sem tentar mudá-las. Desta forma, poupas a tua energia e preservas a autonomia de cada pessoa.
Define um único propósito simples para este momento. Formula-o com clareza e sente-o em todo o corpo, como se cada pensamento e cada fibra se alinhassem com esse objetivo. Deixa ir as dúvidas, as críticas e aquilo que te tenta distrair.
Para te ajudar a manter essa fronteira, imagina uma caneta de cor azul-anil a traçar um contorno à volta do teu corpo. Esse limite marca o teu espaço de ação e impede que a tua energia se esbata em intenções alheias.
No fim, fica consciente de duas verdades essenciais: respeitar o ritmo e a vontade de cada pessoa e manter o teu foco sem dispersões. Assim, a tua energia circula livremente e cada um manifesta o que realmente lhe pertence.
Espiritualidade sem fronteira
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