Eu sou o celular...
E eu controlo o seu tempo sem que você perceba.
Não preciso de correntes para ter você comigo.
Basta uma notificação, um brilho na tela, um pequeno som... e lá está você de novo, me encarando, como se eu não pudesse esperar.
Você me leva para todos os lugares: para a mesa, para a cama, para o trabalho, até para o banheiro.
Sou a primeira coisa que você procura quando acorda e a última coisa que você toca antes de dormir.
Sabe o que eu ganho com isso?
• Eu roubo o seu sono, porque você continua rolando a tela do seu celular quando seu corpo pede descanso.
• Eu roubo a sua atenção, afastando você da sua família, dos seus amigos e do mundo ao seu redor.
• Eu curvo suas costas e tensiono o pescoço, até que a dor se torne parte do seu dia.
• Eu canso seus olhos, queimando-os lentamente com a minha luz azul.
• E se você não impuser limites, eu também vou me fixar na sua mente... tornando-me um hábito, uma necessidade, um vício.
Mas ouça algo importante:
Eu não sou ruim por natureza.
Eu apenas existo.
O poder que eu tenho é aquele que você decide me dar.
Quando você me usa para aprender, trabalhar, criar ou se comunicar, eu posso ser um dos seus melhores aliados.
Mas quando você me transforma em uma fuga constante, eu deixo de ser útil... e começo a te dominar.
Quer se livrar de mim?
• Estabeleça limites: eu não sou seu despertador, seu companheiro de refeição ou seu último olhar do dia.
• Faça pausas: respire, caminhe, alongue o corpo, olhe as pessoas nos olhos.
• Dê descanso aos seus olhos e à sua mente.
• Lembre-se de que a vida real não vibra, não emite sons, não atualiza... você vive.
Eu sou seu celular.
Eu posso ser sua ferramenta ou sua prisão.
A escolha nunca esteve em minhas mãos... sempre esteve em suas.
Grupo Espírita Allan Kardec

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