VISÕES

Visões próximas à morte são fenômenos complexos, que podem ser explicados por mudanças significativas no funcionamento do cérebro durante momentos críticos. Esses relatos, como luzes intensas, figuras conhecidas ou paisagens surreais, podem estar relacionados a uma tentativa do cérebro de interpretar a transição entre o estado físico e o espiritual.

Quando a vida está se esvaindo, o cérebro passa por alterações drásticas, muitas vezes ativando áreas que normalmente permanecem inativas. Algumas dessas áreas estão ligadas à percepção sensorial ampliada, memórias profundas e até à interpretação de estímulos que podem ser descritos como "mediúnicos."

1. Ativação de áreas mediúnicas:

Durante a proximidade da morte, o cérebro pode acessar regiões que normalmente estão "desligadas" ou subutilizadas em nossa rotina. Essas áreas podem interpretar estímulos sutis como a transição entre o físico e o espiritual, gerando experiências que parecem ultrapassar os limites da realidade comum.

2. Falta de oxigênio e visões intensas:

A redução de oxigênio no cérebro (hipóxia) pode desencadear alucinações visuais e auditivas, mas o cérebro, em um esforço para dar sentido ao desconhecido, pode combinar essas sensações com percepções armazenadas em seu inconsciente profundo.

3. Picos de atividade cerebral:

Estudos apontam que, antes da morte, o cérebro passa por um "último pico" de atividade. Esse evento, muitas vezes localizado em regiões associadas à memória, emoção e percepção visual, pode criar cenários interpretados como espirituais ou transcendentais.

4. Liberação de neurotransmissores:

Substâncias como dopamina e serotonina são liberadas em grandes quantidades, criando sensações de calma, euforia ou reconexão. Essas sensações podem ser percebidas como a entrada em um estado espiritual, especialmente quando o cérebro ativa áreas normalmente ligadas à intuição e à percepção ampliada.

A ativação dessas áreas "mediúnicas" durante a proximidade da morte pode ser interpretada como uma tentativa do cérebro de compreender e traduzir o momento de passagem.

Bruno Lacerda

Luz e Consciência