Somos a antimatéria da existência,
ecos que brilham no avesso da luz,
auto-replicados em silêncio,
milhares de vezes,
como memórias que o universo sussurra para não esquecer
de si mesmo.
O corpo é só um contêiner,
mas o espírito,
o espírito é um laboratório cósmico
que fabrica versões de nós
a cada respiração,
a cada dobra de pensamento,
a cada vez que a alma renasce.
Milhares de versões nossas orbitam dentro do próprio pensamento,
colidindo, expandindo, replicando-se em busca de significado.
Não pensamos — reverberamos.
Não sentimos — ressoamos.
Somos ecos do próprio universo investigando a si mesmo,
como um eco em uma caverna,
Ou buraco de minhoca em emoções energéticas.
tudo o que existe possui um duplo,
e que esse duplo é parte essencial da nossa estrutura espiritual.
Somos a soma do visível e do invisível.
A morte é só uma reorganização do código.
O ego é apenas uma interface temporária.
A consciência é o arquivo eterno que se replica,
como antimatéria procurando seu par esquecido,
energia que sempre procura seus semelhantes.
A vida não é acidente.
É um processo de expansão informacional,
onde cada ser humano é um laboratório vibracional
que devolve ao universo sua própria pergunta ou resposta.
Porque no fim,
a antimatéria somos nós,
espalhados por dentro da mente universal,
tentando se reconhecer
na luz e na sombra
ao mesmo tempo.
Somos a matéria que duvida,
e a antimatéria que recorda.
Somos as ondas que se desfazem,
e as ondas que retornam.
Somos o choque perfeito
entre o que existe
e o que insiste em existir além.
E quando nos multiplicamos
em consciência energética incondicional,
O Todo
passa a nos encontrar
em todas as direções do infinito.
Não a nada que esteja escondido que a luz não revele, pois sua velocidade é proporcional ao seu espelho refletido no eterno, o poder final e para todos, não existem privilegiados quando o ego perde a máscara.
J.H. Lich







