06/10/2025

A Impermanência e o Desapego: Aprendizados Budistas para o Cotidiano


Tudo muda. Tudo passa. Essa é uma das verdades mais simples — e mais difíceis de aceitar. A filosofia budista nos convida a olhar para a impermanência não como ameaça, mas como essência da vida. Nada é fixo, nada é garantido, nada permanece igual. E é justamente nesse fluxo que podemos encontrar liberdade.

No cotidiano, resistimos à mudança. Queremos que os bons momentos durem para sempre, que as pessoas fiquem, que os planos se cumpram exatamente como imaginamos. Mas a realidade é outra: tudo está em constante transformação. E quando tentamos segurar o que já está indo, sofremos. O apego é uma forma de prisão — e o desapego, uma libertação.

Desapegar não é abandonar. É permitir que as coisas sigam seu curso natural. É amar sem possuir, viver sem controlar, sentir sem se agarrar. É confiar que, mesmo quando algo termina, há espaço para o novo. E que o vazio deixado por uma perda pode ser fértil, se acolhido com consciência.

A impermanência nos ensina a valorizar o agora. Porque o agora é tudo o que temos. O autocuidado, nesse contexto, é aprender a estar presente. É respirar com atenção, ouvir com profundidade, sentir com honestidade. É aceitar que o que somos hoje pode não ser o que seremos amanhã — e tudo bem.

Resignar-se à impermanência é um gesto de sabedoria. É parar de lutar contra o tempo, contra os ciclos, contra a natureza das coisas. É encontrar paz no movimento, serenidade na mudança, beleza na transitoriedade.

Viver com desapego não significa viver sem vínculos. Significa viver com leveza. Com abertura. Com coragem para deixar ir o que já cumpriu seu papel — e braços abertos para acolher o que chega.

Portais Terapêuticos



🦋


#portaisterapeuticos #consciencia #Autoconhecimento

Nenhum comentário:

Postar um comentário