A raiva é um fogo. Queima no peito, pulsa nas veias, faz tremer a voz. Por muito tempo, nos ensinaram a temê-la, a escondê-la, a sufocá-la sob sorrisos forçados. Mas a raiva não é um erro — é um sinal. Ela aponta para o que está errado, para o que precisa mudar, para o que não pode mais ser ignorado.
Quando acolhida com consciência, a raiva deixa de ser destruição e se torna impulso. Ela nos empurra para fora da apatia, nos faz levantar da cadeira, nos dá coragem para dizer “basta”. É a força que move protestos, que rompe silêncios, que transforma dor em luta.
A raiva bem direcionada constrói. Constrói limites saudáveis, constrói justiça, constrói arte que grita o que palavras não conseguem dizer. Ela é energia bruta — e como toda energia, pode ser usada para iluminar ou para ferir.
Transformar a raiva em ação construtiva é um ato de maturidade. É escolher não explodir, mas canalizar. É entender que o que nos fere pode também nos fortalecer. E que, às vezes, é preciso incendiar o velho para que o novo possa nascer.
Consciência que Cura!

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