Vivemos em uma cultura que glorifica o esforço incessante, a superação constante, o “nunca desistir”. Mas há uma força silenciosa e muitas vezes ignorada: a capacidade de resignar-se. Não como quem se rende, mas como quem reconhece o limite e escolhe a paz.
Resignar não é fraqueza. É lucidez. É o momento em que o autoconhecimento se encontra com a maturidade emocional. Quando percebemos que insistir em certas batalhas nos afasta de nós mesmos, o ato de abrir mão se torna um gesto de autocuidado profundo. É como se disséssemos: “Eu me respeito o suficiente para não me violentar em nome de uma expectativa.”
A filosofia estoica nos ensina que há coisas que estão sob nosso controle — e outras que não estão. Saber distinguir entre elas é um dos maiores aprendizados da vida. Resignar-se ao que não se pode mudar não é conformismo, mas sabedoria. É a arte de não desperdiçar energia tentando dobrar o mundo à nossa vontade.
Na prática, resignar pode significar encerrar um ciclo, aceitar uma perda, mudar de rota. E isso exige coragem. Porque o ego grita, a sociedade cobra, e o coração hesita. Mas há uma serenidade que só nasce quando deixamos de lutar contra o inevitável e começamos a dançar com o fluxo da vida.
Autocuidado, nesse contexto, é saber parar. É reconhecer que o descanso também é ação. Que o silêncio também é resposta. Que o limite não é um obstáculo, mas um contorno que dá forma à nossa existência.
Resignar, portanto, é um ato de amor próprio. É dizer “basta” com dignidade. É escolher-se, mesmo quando isso significa desapegar de sonhos, pessoas ou caminhos que já não nos servem. E nessa escolha, há uma liberdade que não se grita — mas que se sente, profundamente.
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