Há uma inquietação que nos habita. Um ruído discreto, às vezes incômodo, que surge quando o que somos entra em choque com o que desejamos ser. Esse conflito interno, longe de ser um sinal de fraqueza, é umaforça vital — um convite à mudança, uma faísca que pode acender o fogo da transformação.
Vivemos tentando conciliar expectativas externas com desejos íntimos. A sociedade nos oferece modelos prontos de sucesso, felicidade, beleza. Mas dentro de nós, pulsa uma verdade que nem sempre se encaixa nesses moldes. E é nesse desencontro que nasce o conflito: entre o que nos ensinaram a querer e o que realmente queremos; entre o que mostramos ao mundo e o que sentimos em silêncio.
A filosofia nos ensina que o questionamento é o início da sabedoria. E o conflito interno é, em essência, um questionamento profundo: estou vivendo de acordo com minha essência ou apenas sobrevivendo dentro de um papel? Essa pergunta, por mais desconfortável que seja, é libertadora. Ela nos obriga a parar, refletir, escolher.
Autoconhecimento não é um estado de paz constante — é atravessar tempestades internas com coragem. É olhar para as próprias contradições sem julgamento, mas com curiosidade. É entender que o desconforto não é inimigo, mas mensageiro. Ele aponta onde há incoerência, onde há dor, onde há necessidade de mudança.
Resignar-se ao conflito não significa se acomodar nele, mas aceitá-lo como parte do processo. É reconhecer que crescer dói, que mudar exige rupturas, que transformar-se é, muitas vezes, desorganizar para reorganizar. E nesse movimento, o autocuidado se revela como sustentação: cuidar de si para não se perder no meio da travessia.
Transformar-se não é se tornar outro — é se tornar mais inteiro. É integrar partes antes rejeitadas, é dar voz ao que foi silenciado, é permitir que o conflito interno nos conduza a uma versão mais autêntica de nós mesmos.
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