05/10/2025

PROJEÇÃO


Muita gente tem curiosidade sobre projeção astral e acredita que sair do corpo é sinônimo de evolução. Mas o desdobramento não é um prêmio espiritual, é um fenômeno natural da consciência — algo que todos vivenciam, mesmo sem perceber. A diferença está em como e por que isso acontece.

Quando a projeção é espontânea, geralmente ocorre porque o campo está mais leve, os corpos sutis estão alinhados e a mente não interfere. Nesse estado, há uma liberação natural entre o corpo físico, o duplo etérico e o corpo astral — uma separação suave das camadas energéticas, permitindo que a consciência se mova com autonomia. A percepção é nítida, o deslocamento é fluido, e há sensação de lucidez. Nesses casos, a experiência costuma ter propósito: aprendizado, reconexão ou observação de planos sutis.

Mas há também as projeções induzidas. E é aí que começam os cuidados. Forçar a saída do corpo por meio de sons, mantras ou técnicas sem preparo pode abrir brechas no campo energético e fragilizar o cordão de ancoragem entre os corpos sutis. Quando isso acontece, a consciência pode ser puxada para zonas densas ou ilusórias — planos intermediários cheios de fragmentos mentais, formas-pensamento e interferências. Nem tudo que se vê nesses lugares é real; muita coisa é reflexo do próprio emocional ou da frequência que o indivíduo está emitindo no momento.

Outra diferença importante é o estado ao acordar. Depois de uma projeção lúcida, a pessoa desperta tranquila, mesmo que tenha vivido algo intenso. Já após uma projeção forçada, é comum sentir cansaço, confusão, ansiedade ou dor de cabeça. Isso acontece porque houve dispersão energética, ou porque parte da consciência ainda não se reintegrou totalmente ao corpo físico.

Essa confusão pós-projeção é um alerta. Para garantir a soberania energética, um cuidado essencial é o retorno consciente. Depois de qualquer desdobramento (lembrando ou não), gaste alguns minutos aterrando-se: sinta o peso do corpo na cama, mova as extremidades lentamente, beba um copo de água e respire profundamente. Essa âncora simples ajuda a fechar o campo, integrar a experiência sem perdas e evitar que a consciência fique vulnerável a influências indesejadas do plano sutil.

A projeção astral não é um espetáculo, é uma responsabilidade. Não existe mérito em se afastar do corpo se a consciência ainda não aprendeu a permanecer presente dentro dele. Quanto mais centrado você está, mais lúcido é o deslocamento — e menos suscetível a interferências.

A verdadeira evolução não está em quantas vezes você sai do corpo, mas em quantas vezes consegue estar inteiro dentro dele. Porque a consciência desperta não viaja para fugir: ela se expande para compreender.

Luz e Consciência 

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