A solidão, quando chega, parece um vazio. Um eco dentro do peito, um silêncio que se arrasta pelos cantos da casa. Às vezes, ela pesa. Outras vezes, ela apenas observa, esperando que a gente pare de fugir.
Mas há algo sutil escondido na solidão: um convite. Quando o barulho do mundo se cala, ouvimos com mais clareza a nossa própria voz. E é nesse espaço, entre o silêncio e a escuta, que a criatividade desperta.
Sozinha, a alma começa a brincar com ideias. Um papel em branco vira confidente. Uma melodia esquecida ganha forma. Um pensamento solto se transforma em poesia. A solidão, que antes parecia ausência, revela-se presença — de si mesma, do tempo, da possibilidade.
Transformar solidão em criatividade é um gesto de coragem. É escolher não se perder no vazio, mas preenchê-lo com sentido. É descobrir que estar só não é estar vazia, mas inteira. E que, às vezes, é no silêncio que nascem as vozes mais autênticas.
Porque criar é isso: transformar o que sentimos em algo que toca o outro. E a solidão, quando acolhida, pode ser o berço mais fértil da beleza.
Portais Terapêuticos
Consciência que Cura!

Nenhum comentário:
Postar um comentário